23 abril, 2006

Despedidas de solteira

Juro que ía falar do jantar de 5ª entre amigas e como funcionou como cura-neuras, mas a noite de ontem bateu recordes (a bela companhia de 5ª tem que me desculpar mas há coisas que têm muita força...)
Nem vou divagar sobre a lógica das despedidas de solteira porque já não aspiro atingir esse nível de compreensão (mas se alguém me quiser explicar outros pontos de vista quanto à pertinência das mesmas estou receptiva!).
Por agora vou-me limitar a apresentar os factores situacionais:
- despedida de solteira de uma amiga muito especial, à qual ainda tentei fugir e onde praticamente só conhecia a noiva;
- jantar num restaurante de rodízio onde estavam acima de 200 pessoas, em que 200 eram mulheres, divididas por cerca de 12 despedidas de solteira;
- fim de semana de porto campeão e eu rodeada de uma multidão que volta e meia lá se lembrava de accionar os cânticos.
- como já disse, rodízio. E eu que não aprecio carne.
Ou seja, o cenário seria pior que péssimo.
- 4 caipirinhas!
A alegria auto-induzida é legítima sim senhora e ontem foi estratégia mais que necessária.
Dei então uma de observadora participante e só posso dizer que o resultado final foi queixo caído e ri muito. Passou-me pela cabeça ligar a uma data de amigos para irem lá ver por si, mas como não foi possível resta-me tentar fazer a melhor descrição possível.
Ora então o contexto era como já disse cerca de 200 mulheres, um cantor senhor com um microfone que foi alternando entre estou fazendo amor com outra pessoa, poeiras e levantando las manos, moviendo las cinturas e movimientos sexis, e ainda um animador-venezuelano-mais-que-parôlo vestido ora de toureiro, ora de índio que levava a mulherada ao rubro com direito a cânticos és tão bom és tão bom!
Agitação e muito barulho com gritos agudos, talheres e testos a bater desde o início, contudo a coisa começou a agravar à medida que o estômago ficava forrado e o álcool começava a surtir efeito.
E a minha indignação ia crescendo na medida directa dos ânimos circundantes. Porque partindo do princípio que tinha ali uma amostra minimamente representativa do sexo feminino (grande número, reunidas de forma mais ou menos aleatória e de diferentes idades, classes sociais, estilos), uma questão impunha-se na minha cabeça - como é que há homens que se queixam de falta de iniciativa, entusiasmo, de desejo, de extroversão, entre outras coisas por parte das namoradas?! À minha frente eu tinha centenas de mulheres em êxtase, em cima das mesas e cadeiras, aos gritos, a rebolar e requebrar, a fazer a dança na boquinha da garrafa, a puxar camisolas para cima, a tirar os cintos e a fazer deles chicotes... Só visto. Diabo no corpo. Estrogéneo e progesterona no ar!
Como acredito no bláblá nada se perde tudo se transforma, e como acho uma pena desperdiçar toda aquela energia o meu conselho vai para os homens: se as vossas esposas, namoradas, amigas coloridas e etc. tiverem uma despedida de solteira vão buscá-las mesmo à porta destas festas e levem-nas rapidamente para casa. Noite de sexo inesquecível garantido! Mas sejam rápidos na transição festa-cama. Cheira-me que passados quinze minutos o efeito passa.

5 comentários:

n disse...

xiiiii

Unknown disse...

Haha :) Às vezes pergunto-me como é que se aguenta uma despedida de solteira... bem, do lado masculino também não é muito diferente... Faz como eu que fujo a 7 pés dessas comemorações :S

PS-Gostei da conclusão do post. :)

Sol disse...

Excelente caracterização Raínha!

poca disse...

acho que conseguiste descrever na perfeição!
não gosto de despedidas de solteiras, nem do dia da mulher!

Mojo Pin disse...

Bem não fugiste? Que quadro assustador...e concordo contigo aquele entusiasmo todo passa após 5 minutos da saida do restaurante...é fogo de vista;)

 
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